Shiva – por: Vridavan Das
Violeta de ganância nesse mundo azul piscina
Tecidos de mil cores deslizam sobre tua pele cor de jambo
e o sabor cítrico da tua alma explode como purpurina
enquanto tu assistes meu espetáculo… eu simplesmente sambo.
Almas desnudas incandescentes em Mumbai
Somos milhões de supernovas num jarro de vidro, mas a escuridão…
ela nunca se esvai.
Teus pés indigentes profanam lugares sagrados
mas tuas palavras rancorosas se voltam aos deus que nasceram calados
“Shiva, não permita que ela se vá sem saber que nossas vidas
estão entrelaçadas pelo perfeito azul da Índia.”
E o sabor adocicado dos teus olhos é um fenômeno que jamais esquecerei
Antes de morrer, quero morar no teu Céu,
a morada de demônios, onde jamais serei rei.
No ébano da solidão de minhas madrugadas sem ela
me afogo em águas turvas
e meu mundo se esfacela.
O vermelho do teu mar se desmancha na Terra
O céu lilás aterriza na palma da tua mão
e tudo se fragmenta em ar opaco.
Mas poder viver ao teu lado
fez do meu nascer um teatral espetáculo.
Sigo teus rastros em busca da infinidade de sentimentos que tu és
Na tua calma ou loucura, serei o ser a estar sempre aos teus pés.