O gosto da brisa salgada me faz rastejar até um passado distante
Na cidade portuária, a ilha não tem corpo
Seu calor é indomável e tropical
Não é Norte e nem ao nosso Leste
É apenas essa peculiaridade que forças acima de nós conceberam
Tuas ruas infernais gritam por socorro, tuas ondas de água quente nos sufocam
Mas não fugimos.
O amor nos dado pelas estrelas que cantam no horizonte sempre nos faz retornar
Pois essa é a Ilha do Amor, escondida debaixo da tempestade de areia
Esbarrando em sujeira, dando à luz em meio ao caos.
E quando te vejo lá dos céus, preciso de longas golfadas de ar
Para domar a saudade que fica,
minha bela cidade à beira do mar.