Lençóis sujos de uma vida não vivida
Ar puro de uma cidade em revolta
Carcaça de um governo disposto
a distorcer a realidade torta.
Tu abortaras o incendiário
e deras lugar ao conforto
Tornastes o bombeiro
a esconder o cidadão morto.
A destruição criada e moldada de passados remotos
Cai como neve e fuligem em teus olhos
Acompanha-te até cova
Mas tu finges que não está lá
Pois já entregaram a TV nova.
Abre a janela e deixa a revolução entrar.
Os ventos uivam de desgosto quando passam
pela Babilônia contemporânea
e gemem ao ver
tua liberdade numa gaiola
e opressores no poder.