Deixe-me sozinha
A chorar a solidão
Debaixo da mesa da cozinha
Enquanto me engole a escuridão.
Querido, não te entristeça pela minha maldição perpétua
Pois é fato que já a recebo de porta aberta
E durante a noite
Um anjo me alicia
Enquanto me canoniza
A sósia impura da Virgem Maria.
Meu corpo imortal
Um demônio molesta
Enquanto declara seu amor angelical
Ao som de sua bestial orquestra.